A PRIVATIZAÇÃO DA TAP É UM ERRO QUE O GOVERNO COMETE NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A PRIVATIZAÇÃO DA TAP É UM ERRO QUE O GOVERNO COMETE NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

A PRIVATIZAÇÃO DA TAP É UM ERRO QUE O GOVERNO COMETE NO CONTEXTO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS




Por Paulo Ramires

A privatização da TAP é um erro calamitoso e clamoroso que irá prejudicar o futuro de Portugal no contexto das relações internacionais, em particular as relações com os países lusófonos, onde Portugal necessita de tomar iniciativas de reaproximação e resolver várias questões pendentes com alguns desses estados como é o caso de Angola e o Brasil. A TAP é uma empresa especial estratégica - que serve de instrumento na concretização de políticas de desenvolvimento às relações com os países lusófonos e não só, nomeadamente na criação de rotas que possibilitam alavancar por exemplo as relações económicas, económicas e culturais entre os centros de desenvolvimento desses países, privatizar a TAP irá alienar esse instrumento da política externa do país e deste modo dificultar a proximidade a África e ao Brasil - é um erro que no âmbito da geopolítica lusófona Portugal deveria evitar. Uma TAP privatizada não serve estas politicas porque obviamente obedece às leis do mercado, e ás vontades dos accionistas, e não às políticas do estado sejam eles quais forem, pensam alguns que sim mas isso é pura ilusão ou desinformação. A explicação do primeiro ministro não tem justificação, pois apesar de ignorar muita coisa está a assumir que a gestão privada é melhor que a pública, o que não é verdade se houver responsabilidade, fiscalização e autonomia por parte da empresa. Isto só se explica com certos compromissos assumidos em acordos secretos entre a UE e os EUA e no âmbito dos critérios da troika. Se isto vier a acontecer, Portugal ficará ainda mais pequeno no contexto europeu e lusófono, e os custos serão ainda maiores aos suportados pelo investimento público. 

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