• O primeiro grande tema da cimeira foi a consolidação das indústrias de defesa ocidentais, porque, na prática, as existências da OTAN estão a escassear. Há uma diferença tão grande com os seus equivalentes russos que as armas destruídas na Ucrânia não podem mais ser substituídas. Por conseguinte, os Aliados adoptaram planos nacionais de produção. Também se comprometeram a renovar rapidamente os ativos críticos na Ucrânia, em particular munições e sistemas de defesa aérea e antimísseis.
• O segundo tema da cimeira foi a guerra contra a Rússia na Ucrânia, enquanto a segunda linha de defesa ucraniana acaba de ser rompida pelas armas russas. Os Aliados decidiram estabelecer o "Programa de Educação e Assistência de Segurança da OTAN para a Ucrânia" (NSATU) para coordenar entregas militares e atividades de treino militar organizadas pelos Aliados e os seus parceiros.
Como esperado, os Aliados pretendem liberar um envelope básico "de pelo menos € 40 mil milhões" para o próximo ano e, em seguida, manter a assistência de segurança a um nível suficiente "para a Ucrânia vencer" a Rússia.
• O terceiro objectivo da cimeira foi alargar a área de intervenção da OTAN à Ásia-Pacífico, com o objectivo de conter a China. Jens Stoltenberg prossegue este projecto desde 2019.
Isso foi confirmado pela Estratégia de Segurança Nacional do presidente Biden.
É por isso que o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Christopher Luxon, e o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa da Austrália, Richard Marles, foram convidados.
– No entanto, este projecto enfrenta um problema cultural: os países da Ásia-Pacífico são muitas vezes ex-colônias dos actuais membros da OTAN. Afirmaram-se agora como Estados independentes e desenvolveram-se mais do que o Ocidente. Aspiram à estabilidade, enquanto a OTAN apenas promete desempenhar um papel em futuras guerras.
Os Estados Unidos pensaram primeiro em expandir a OTAN através do "Quad" (Estados Unidos, Austrália, Japão e Bharat). Mas os indianos claramente se retiraram, optando por manter uma distância igual de Washington e Pequim. Em Maio passado, eles substituíram as Filipinas pela Índia, no que agora chamam de "Esquadrão". Estão a tentar juntar-se à Coreia do Sul, daí o tratado de defesa mútua, assinado em Junho pela Coreia do Norte e pela Rússia.
Fonte: Rede Voltaire
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