Maia Sandu, candidata pró União Europeia da Moldávia, venceu as eleições presidenciais por 54,43% dos votos contra Stoianoglo que ficou com 45,57% dos votos no domingo.
A actual presidente pró-UE da Moldávia, Maia Sandu, declarou vitória na segunda volta das eleições de domingo, depois que a contagem oficial revelou a sua vantagem de 10 pontos sobre o ex-procurador-geral Alexandr Stoianoglo.
Com mais de 98% das boletins apuradas, Sandu recebeu 54,43% dos votos, enquanto Stoianoglo recebeu 45,57%, informou o canal de notícias TVR nas primeiras horas de domingo, citando a Comissão Eleitoral Central.
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Embora os primeiros resultados indicassem uma pequena vantagem de Stoianoglo, Sandu ultrapassou a liderança por volta da meia-noite e a diferença entre eles aumentou gradualmente à medida que mais votos eram contados durante a noite.
"Moldávia, hoje tu és vitoriosa. Juntos, mostramos a força da nossa unidade, democracia e compromisso com um futuro digno", escreveu Sandu no X pouco depois da 1h, horário local, na segunda-feira.
Durante uma conferência de imprensa, Sandu descreveu os resultados das eleições como "uma lição de democracia que merece ser incluída nos livros de história". Dirigindo-se à minoria de língua russa do país, ela prometeu ser "uma presidente para todos".
"Podemos ter uma diferença de opinião e falar línguas diferentes, mas todos queremos paz, compreensão mútua e uma vida digna para nossos filhos", Sandu disse.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deu os parabéns a Sandu, dizendo que estava ansiosa para "continuar trabalhando consigo em direcção a um futuro europeu para a Moldávia e o seu povo".
Antes do anúncio dos resultados, Stoianoglo, que defende boas relações com a UE e a Rússia, pediu a todos que mantivessem a calma. "Espero sinceramente que acabemos com o ódio e a divisão que nos foram impostos", disse ele.
As eleições que são amplamente vistas como fundamentais para as aspirações da Moldávia de integrar a UE, foi marcada por acusações de fraude e manipulação de eleitores tanto do governo quanto da oposição.
O Partido dos Socialistas, que apoia Stoianoglo, e outros grupos da oposição criticaram as autoridades por abrirem apenas duas secções eleitorais na embaixada da Moldávia em Moscovo, apesar de um grande número de expatriados moldavos viverem na Rússia.
Os moldavos que vivem na Europa Ocidental contribuíram fortemente para a vitória de Sandu durante a primeira volta das eleições em 20 de Outubro. A presidente agradeceu à comunidade de expatriados no domingo. "A participação da diáspora atingiu um recorde, com os moldavos ainda votando em [fusos horários]. Orgulhosa de cada um de vocês por fazer a sua voz ser ouvida", escreveu ela.
Sandu acusou a Rússia de se intrometer nas eleições e "grupos criminosos" não especificados de tentar "comprar" votos. O conselheiro de segurança nacional de Sandu, Stanislav Secrieru, escreveu no X que os monitores sinalizaram "transporte organizado de eleitores" para as urnas, o que é ilegal sob as leis da Moldávia. A Rússia rejeitou todas as alegações de interferência estrangeira como infundadas.
A Moldávia realizou um referendo no mês passado sobre se o "objectivo estratégico" de integração com a UE deveria ser consagrado na sua constituição, com 50,35% votando a favor da emenda e 49,65% votando contra.
Fonte: RT
Tradução e revisão: RD
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