'ESTAMOS NUM MUNDO MULTIPOLAR EM QUE OS BRICS SÃO MAIORES QUE OS G7 E OS EUA NÃO ACEITAM', DIZ ECONOMISTA JEFFREY SACHS
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segunda-feira, 28 de agosto de 2023

'ESTAMOS NUM MUNDO MULTIPOLAR EM QUE OS BRICS SÃO MAIORES QUE OS G7 E OS EUA NÃO ACEITAM', DIZ ECONOMISTA JEFFREY SACHS

O economista também explicou que a Europa, por sua vez, tem sido decepcionante porque não há uma única voz no continente neste momento que tenha uma "perspectiva geopolítica que seja sequer inteligível". Para Sachs, a maior surpresa é "a incapacidade da Europa de ter uma compreensão coerente desta" situação global atual.


O renomado economista norte-americano, Jeffrey Sachs, acredita que os EUA estão demonstrando uma relutância obstinada em aceitar a realidade de um mundo multipolar, o que aumenta o risco de conflitos globais. Em uma entrevista recente ao Die Weltwoche suíço, Sachs criticou fortemente a abordagem de Washington ao atual cenário geopolítico. "Já estamos num mundo pós-americano e pós-ocidental. Estamos num mundo verdadeiramente multipolar. Estamos num mundo onde os países dos BRICS são maiores que os países dos G7, [...] e os EUA não aceitam essa transição", comentou o especialista.

De acordo com Sachs, que foi conselheiro de numerosos líderes políticos, a Casa Branca continua convencida de que gere um mundo em que apenas a Rússia e a China são desafiadoras e o restante deveria aceitar esta realidade. "Na minha opinião, os EUA estão um quarto de século atrasados", disse ele.

O economista também explicou que a Europa, por sua vez, tem sido decepcionante porque não há uma única voz no continente neste momento que tenha uma "perspectiva geopolítica que seja sequer inteligível". Para Sachs, a maior surpresa é "a incapacidade da Europa de ter uma compreensão coerente desta" situação global atual.

"Poderíamos estar caminhando para um mundo de enormes conflitos e desastres, ou poderíamos estar caminhando para um mundo onde algum líder inteligente e não-octogenário dos EUA se levantasse e dissesse: 'Já não precisamos tanto da OTAN, mas sim, precisamos é ter relações normais com a China, a Índia, a Rússia, o Brasil e a UE' e de repente as coisas seriam muito diferentes", concluiu o especialista.



Fonte: Sputnik

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