Tomando nota também da resolução 77 (XII), adoptada pela Assembléia de Chefes de Estado e de Governo da Organização da Unidade Africana, na sua décima segunda sessão ordinária, realizada em Kampala de 28 de Julho a 1 de Agosto de 1975, que reconheceu que "o regime racista na Palestina ocupada e os regimes racistas no Zimbábue e na África do Sul têm uma origem imperialista comum, constituem um todo e têm a mesma estrutura racista, e estão organicamente ligados na sua política voltada para a repressão da dignidade e integridade do ser humano",
Por Ali Babar
O título deste artigo é, sem dúvida, provocativo. Pode até ser que ele seja condenado pelo sistema de justiça francês nos próximos dias, e ainda assim.
A Resolução 3379 da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada em 10 de setembro de 1975 por uma votação de 72 países contra 35 e 32 abstenções, intitulada "Eliminação de todas as formas de discriminação racial", merece ser lembrada:
"A Assembléia Geral,
Recordando a sua resolução 1904 (XVIII) de 20 de Novembro de 1963, na qual proclamou a Declaração das Nações Unidas sobre a eliminação de todas as formas de discriminação racial e, em particular, afirmou que «qualquer doutrina baseada na diferenciação entre raças ou na superioridade racial é cientificamente falsa, moralmente condenável, socialmente injusta e perigosa», e declarou-se alarmada com as «manifestações de discriminação racial que ainda se verificam no mundo, algumas das quais são impostas por certos governos por meio de medidas legislativas, administrativas ou de outra natureza»,
Recordando também que, na sua resolução 3151 G (XXVIII) de 14 de Dezembro de 1973, a Assembléia Geral condenou em particular a aliança profana entre o racismo sul-africano e o sionismo.
Tomando nota da Declaração do México sobre a Igualdade da Mulher e sua Contribuição para o Desenvolvimento e a Paz, de 1975, proclamada pela Conferência Mundial do Ano Internacional da Mulher, realizada na Cidade do México de 19 de junho a 2 de Julho de 1975, que promulgou o princípio de que "a cooperação internacional e a paz exigem libertação e independência nacionais, a eliminação do colonialismo e do neocolonialismo, da ocupação estrangeira, do sionismo, do apartheid e da discriminação racial em todas as suas formas, bem como o reconhecimento da dignidade dos povos e do seu direito à autodeterminação",
Tomando nota também da resolução 77 (XII), adoptada pela Assembléia de Chefes de Estado e de Governo da Organização da Unidade Africana, na sua décima segunda sessão ordinária, realizada em Kampala de 28 de Julho a 1 de Agosto de 1975, que reconheceu que "o regime racista na Palestina ocupada e os regimes racistas no Zimbábue e na África do Sul têm uma origem imperialista comum, constituem um todo e têm a mesma estrutura racista, e estão organicamente ligados na sua política voltada para a repressão da dignidade e integridade do ser humano",
Tomando nota também da Declaração Política e Estratégia para o Fortalecimento da Paz e da Segurança Internacionais e o Fortalecimento da Solidariedade e Assistência Mútua dos Países Não-Alinhados, adotada na Conferência dos Ministros dos Negócios Estrangeiros dos Países Não-Alinhados, realizada em Lima de 25 a 30 de Agosto de 1975, que condenou o sionismo como uma ameaça à paz e à segurança mundiais e conclamou todos os Estados membros do Partido Liberal a país para se opor a essa ideologia racista e imperialista,
Considera que o sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial".
É necessário especificar que esta resolução foi revogada 16 anos depois, em 16 de Dezembro de 1991, por iniciativa dos Estados Unidos e mais precisamente de um grande humanista: George W. Bush.
Além disso, tudo começou em 7 de Outubro, além disso, é uma boa forma de mostrar apoio inabalável a Israel, além disso... Está tudo bem.
Fonte: Le Grand Soir
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