Até hospitais estão sendo bombardeados em violação do direito internacional, o que os torna crimes de guerra. No entanto, nem a ONU, nem o TPI, nem as grandes democracias e as suas ONGs de direitos humanos vêm em socorro das vítimas. É claro que há algumas denúncias aqui e ali, mas não vemos a mão ocidental, que de outra forma é tão rápida em condenar e impor sanções, ser acenando aqui. Mesmo estas ditas democracias ousam violar as suas próprias leis, proibindo manifestações de solidariedade para com os palestinianos.
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Por Zehira Houfani
Se há provas incontestáveis de que o discurso ocidental sobre direitos humanos e democracia não passa de mentira e manipulação, ela é hoje exposta na cobertura unilateral do último episódio da tragédia palestiniana, alimentada impunemente pelo Estado israelita há 75 anos.
Há pessoas sensatas que acreditam na propaganda ocidental grosseira em que os papéis de carrasco e vítima se invertem? Quais dos palestinianos ou israelitas são perseguidos o tempo todo? As suas terras roubadas, a sua liberdade confiscada, os seus direitos mais básicos violados. São os israelitas? Não. São os palestinianos. E o seu destino não interessa à ditadura mediática ocidental, que se ocupa de os sufocar desencadeando gigantescas operações de manipulação, como acontece hoje para enganar a opinião pública internacional e fazê-la aceitar o genocídio em curso em Gaza. E o que poderia ser melhor do que um "assassinato" selvagem de bebês para que a máquina de propaganda ocidental entrasse em acção contra os palestinianos e, ao mesmo tempo, legitimasse todos os crimes hediondos do Estado colonial de Israel na Faixa de Gaza.
Propaganda e massacres de bebês
Esta não é a primeira vez que o Ocidente recorre a esta terrível encenação da morte selvagem de bebés. Lembremo-nos da grande mentira das incubadoras e dos bebés atirados ao chão pelos soldados iraquianos. Bem elaborada por especialistas em propaganda, a mentira, que custou US$ 14 milhões, permitiu que os Estados Unidos e os seus aliados lutassem a sua primeira Guerra do Golfo. A história das incubadoras foi inventada e contada por Nayirah, uma falsa enfermeira que acabou por ser filha do embaixador kuwaitiano em Washington. A sua aparição chorosa diante de um comité do Congresso dos EUA foi rapidamente transmitida pela televisão em todo o mundo, balançando a opinião e derrotando os guerreiros.
Em 2003, os EUA fizeram isso novamente para invadir o Iraque. E foi na tribuna do Conselho de Segurança que Colin Powell mentiu ao mundo inteiro ao apresentar documentos falsos acusando o Iraque de possuir armas de destruição maciça. Claro que isso era falso, mas mais uma vez a máquina mediática aterrorizou o mundo com a ameaça das armas químicas iraquianas. Para grande infelicidade dos 2 milhões de cativos na prisão a céu aberto de Gaza, isso se repete com a terrível história de bebês israelitas sendo barbaramente "decapitados" pelo Hamas. Isto é suficiente para dar luz verde ao Ocidente ao genocídio que o Estado terrorista de Israel está actualmente a levar a cabo sobre os palestinianos.
Até hospitais estão a ser bombardeados em violação do direito internacional, o que os torna crimes de guerra. No entanto, nem a ONU, nem o TPI, nem as grandes democracias e as suas ONGs de direitos humanos vêm em socorro das vítimas. É claro que há algumas denúncias aqui e ali, mas não vemos a mão ocidental, que de outra forma é tão rápida em condenar e impor sanções, ser acenando aqui. Mesmo estas ditas democracias ousam violar as suas próprias leis, proibindo manifestações de solidariedade para com os palestinianos. É o caso da França, onde até deputados que ousam pedir a aplicação do direito internacional contra Israel são ameaçados... Isso mostra o quanto este país e outros, como os Estados Unidos, apoiam o Estado terrorista de Israel.
Isso é surpreendente? Verdade seja dita, não, porque eles estão coletivamente envolvidos na tragédia palestiniana. Eles estão por trás da desapropriação de terras palestinianas em benefício do colonizador israelita para limpar a ardósia do holocausto que eles mesmos cometeram contra a comunidade judaica durante a Segunda Guerra Mundial.
A pergunta que nos choca é como a humanidade pode ter uma memória tão curta e repetir os mesmos crimes século após século. Sem dúvida, é hora de dar ao mundo uma visão diferente da unipolar ocidental. Começando aqui mesmo em terras palestinianas impondo imediatamente o direito desse povo de ter um Estado.
Esta é a exigência da grande maioria dos povos do mundo. Resta saber se os BRICS e a ONU assumirão as suas responsabilidades e porão fim a essa tragédia humana que já dura 75 anos. Essa é a grande questão.
reseauinternational.net
Notícias falsas e desinformação sobre o ataque do Hamas a Israel estão a ganhar ampla atenção nas redes sociais, com jornalistas e políticos a repetirem afirmações que ainda não foram fundamentadas. Aqui estão alguns rumores que foram refutados ou exigem mais evidências.
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