Por Paulo Ramires
Hoje em dia há muitas coisas a acontecer no mundo e em particular na Europa e na sua vizinhança, é desta forma importante que os nossos representantes representem as nossas posições que devem ser as mais correctas de forma a que haja pressão suficiente para resolver os problemas e tomarem uma posição semelhante à nossa, para que isso aconteça é adequado a correcta escolha do partido político mais adequado e que mais se aproxime da nossa posição e visão das coisas que vão acontecendo, desta forma listamos a posição deles sobre algumas questões.
1) Apoio militar e financeiro à Ucrânia:
O PAN é favorável tanto na questão militar como financeira.
O LIVRE defende sanções à Rússia e um cessar-fogo imediato que permita o resumo de negociações diplomáticas que promovam a resolução do conflito e a retirada das tropas russas da Ucrânia.
O PCP é contra todo o apoio referido à Ucrânia de forma a não se fomentar a guerra, defendendo conversações de paz para por fim ao conflito.
O Bloco de Esquerda defende uma cimeira pela paz na Europa para um fim negociado da invasão russa à Ucrânia em alternativa ao conflito militar.
O PS defende o fomento de conversações bilaterais e multilaterais para a autodefesa da Ucrânia, assim como sancionar a Rússia.
A AD apoia a defesa da Ucrânia de acordo com as diretrizes europeias, sansões contra a Rússia incluídas.
A Iniciativa Liberal defende o apoio à Ucrânia militarmente e financeiramente e apoia o cumprimento das metas necessárias à adesão da Ucrânia à UE.
O CDS-PP é também favorável ao apoio militar e financeiro.
O Chega tem uma posição variada em relação ao apoio militar e financeiro à Ucrânia, e não existe uma posição oficial claramente definida. No entanto, alguns membros proeminentes do partido têm expressado apoio à Ucrânia em diferentes contextos, alguns membros do Chega têm manifestado simpatia pela Ucrânia e apoio à sua soberania e integridade territorial, especialmente durante o conflito com a Rússia no leste do país. Eles têm defendido uma posição mais assertiva da União Europeia e dos países ocidentais em apoio à Ucrânia, incluindo o fornecimento de assistência militar e financeira para fortalecer as defesas do país contra a Rússia.
2) Reconhecimento da Palestina:
O PAN defende o reconhecimento da Palestina no âmbito da UE em conformidade com o plano de partilha da ONU de 1947, viável e sustentável.
O LIVRE defende o reconhecimento da Palestina como estado independente com as fronteiras de 1967 definidas pela ONU.
O PCP defende e tem defendido desde cedo o reconhecimento da Palestina por parte do governo apoiando os movimentos que apoiam a causa palestiniana, o PCP defende uma solução política para o conflito israelo-palestiniano baseada na criação de dois estados independentes e viáveis, Israel e Palestina, com fronteiras seguras e internacionalmente reconhecidas.
O Bloco de Esquerda defende o reconhecimento imediato do estado da Palestina por parte de Portugal.
O PS é ambíguo nesta questão mas tem elementos sionistas nas suas fileiras como Francisco Assis.
O PSD é omisso nesta questão mas sabe-se que defende a Palestina no âmbito do multilateralismo da UE e ONU, sendo no entanto pouco motivado para o apoio da causa palestiniana, por exemplo Portugal é um dos países da UE que menos defende o reconhecimento da Palestina no quadro da UE.
A Iniciativa Liberal é completamente omissa nesta questão o que pode sugerir o não apoio à causa Palestina.
Também o CDS-PP é completamente omisso à questão da Palestina o que também sugere falta de apoio à questão da Palestina.
Da mesma forma o Chega é omisso sobre a questão da Palestina em todo o seu programa eleitoral o que sugere ser contra a questão da Palestina.
3) Sansões a Israel pela violação do Direito Internacional e cometer genocídio ao povo Palestiniano:
No que se refere ao PAN, é razoável inferir que o partido possa apoiar medidas que busquem responsabilizar Israel por violações dos direitos humanos e do direito internacional, especialmente em relação aos direitos do povo palestiniano, portanto, é plausível que o PAN possa apoiar sanções a Israel como uma forma de pressionar por mudanças de comportamento e promover a paz e a justiça na região.
O LIVRE não tem uma posição oficial especificamente sobre sanções a Israel no entanto dada a sua defesa dos direitos humanos e do direito internacional, é possível que o LIVRE apoie sanções a Israel como meio de pressionar o país a respeitar os direitos dos palestinos e a cumprir as leis internacionais. Isso incluiria medidas como o boicote a produtos originários de colonatos israelitas em territórios palestinianos ocupados, bem como sanções económicas mais amplas.
O Partido Comunista Português (PCP) historicamente tem criticado as políticas de Israel em relação aos palestinianos e defendeu a autodeterminação e os direitos dos palestinianos, no entanto, não há uma posição oficial clara do PCP especificamente sobre sanções a Israel, todavia dado o seu compromisso com os direitos humanos e o direito internacional, é possível que o PCP apoie sanções a Israel como uma forma de pressionar o país a respeitar os direitos dos palestinianos e a cumprir as leis internacionais, isso poderia incluir medidas como o boicote a produtos originários de colonatos israelitas em territórios palestinianos ocupados e sanções económicas mais amplas.
No que respeita ao Bloco de Esquerda, não há uma posição oficial clara do Bloco de Esquerda especificamente sobre sanções a Israel, é provável que o partido apoie medidas que visem pressionar Israel a cumprir as leis internacionais e respeitar os direitos humanos dos palestinianos, isso pode incluir o apoio a iniciativas de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) ou outras formas de pressão económica e diplomática.
Como parte da União Europeia, Portugal e o PS geralmente aderem às políticas e decisões tomadas em nível da UE em relação a questões internacionais, incluindo as relações com Israel e a Palestina, a UE mantém uma abordagem que busca uma solução negociada e baseada no direito internacional para o conflito israelo-palestiniano, portanto, é provável que a posição do PS em relação a sanções a Israel seja alinhada com a posição geral da UE, buscando uma abordagem equilibrada que promova os direitos humanos, a paz e a segurança na região, sem necessariamente adoptar medidas unilaterais de sanções.
O Partido Social Democrata (PSD) não tem uma posição oficial específica sobre sanções a Israel, assim como o Partido Socialista (PS), o PSD geralmente segue as políticas e decisões tomadas a nível da União Europeia em questões internacionais, incluindo as relações com Israel e a Palestina, portanto, é provável que a posição do PSD em relação a sanções a Israel seja alinhada com a posição geral da UE, que busca promover os direitos humanos, a paz e a segurança na região, sem necessariamente adoptar medidas unilaterais de sanções.
O CDS - Partido Popular (CDS-PP) não tem uma posição oficial específica sobre sanções a Israel, assim como outros partidos políticos em Portugal, como o PSD e o PS, o CDS-PP geralmente segue as políticas e decisões tomadas a nível na União Europeia em questões internacionais, incluindo as relações com Israel e a Palestina sem necessariamente adoptar medidas unilaterais de sanções.
A Iniciativa Liberal (IL) não tem uma posição oficialmente declarada sobre sanções específicas a Israel, e as suas políticas e declarações podem ainda não abranger todas as questões geopolíticas, como o conflito israelo-palestiniano, no entanto, como parte da sua plataforma política mais ampla, a IL geralmente defende uma abordagem liberal em relação às relações internacionais, o que pode envolver a promoção do comércio livre, a diplomacia e a resolução pacífica de conflitos, não tendo uma declaração específica sobre sanções a Israel, seria razoável inferir que a IL pode apoiar medidas que busquem uma solução negociada e baseada no direito internacional para o conflito israelo-palestiniano, mas pode não favorecer a imposição unilateral de sanções.
Até onde se sabe, o Chega não emitiu declarações ou políticas específicas relacionadas ao conflito israelo-palestiniano ou à aplicação de sanções a Israel. Sem uma posição oficial ou declarações claras do partido sobre este assunto, é difícil fazer uma avaliação precisa da posição do Chega em relação a sanções a Israel.
4) Defesa Europeia:
O PAN não tem uma posição definida sobre esta questão.
O LIVRE defende uma política de autonomia estratégica na área da defesa e segurança.
O PCP é contra qualquer iniciativa militar no âmbito da UE e OTAN.
O Bloco de Esquerda geralmente mantem uma posição crítica em relação à política de defesa europeia considerando-a parte integrante da defesa e segurança dominada pelo capitalismo e imperialismo.
O PS geralmente apoia a ideia de uma defesa europeia integrada e cooperativa como parte do processo de aprofundamento da integração europeia, o PS é a favor de uma maior cooperação entre os membros da UE no campo da segurança e defesa a fim de fortalecer a capacidade de resposta europeia a ameaças à segurança regional e global.
O PSD geralmente apoia iniciativas que visam a criação de uma política externa comum e uma política de segurança e defesa comum entre os estados membros da UE, isso pode incluir o desenvolvimento de capacidades militares conjuntas.
A Iniciativa Liberal é um partido com uma posição pró-europeia que sugere o apoio de uma integração e cooperação entre os estados membros da UE no campo da segurança e defesa.
O CDS-PP defende valores conservadores e democratas-cristões e que adapta uma postura pró-europeia no que diz respeito à defesa europeia embora com alguma cautela em relação à cooperação militar.
O partido Chega é conhecido pela sua postura nacionalista, populista, e eurocéptica sendo frequentemente crítico em relação à UE e à sua integração, quanto à defesa europeia o Chega tende a adoptar uma posição de cepticismo e oposição à ideia de uma defesa comum europeia.
5) Euro:
O PAN tende em apoiar a manutenção do Euro como moeda única considerando-a um símbolo de integração europeia e estabilidade económica para Portugal e outros países do euro.
O LIVRE defende a permanência de Portugal na UE e por extensão no euro, a moeda única da zona do euro.
O PCP historicamente tem sido crítico em relação ao euro e à política monetária da UE, ele expressa preocupações sobre a soberania económica de Portugal, o partido frequentemente argumenta que as políticas da UE, incluindo as relacionadas ao euro, são orientadas pelos interesses das grandes potencias europeias em detrimento dos interesses dos países periféricos como Portugal, o PCP critica o euro por reforçar as desigualdades económicas entre os estados-membros da UE e impõe políticas de austeridade que prejudicam os trabalhadores e os sectores vulneráveis da sociedade no entanto o PCP deveria aceitar o euro sob pena de perder eleitorado e ficar para trás.
O Bloco de Esquerda é geralmente crítico em relação ao euro e à política monetária da UE embora a sua posição possa ser mais complexa e variar dependendo do contexto político específico, embora algumas vezes dentro do BE possam defender a saída de Portugal da Zona do Euro e o retorno a uma moeda nacional como forma de recuperar a soberania económica, essa não é necessariamente a posição oficial do partido.
O PS é geralmente favorável à participação de Portugal na União Económica e Monetária da UE e, portanto ao euro como moeda única, o PS defende a permanência de Portugal na Zona do Euro e geralmente apoia as políticas e as instituições relacionadas com a moeda única como o BCE, no entanto é importante notar que dentro do PS podem existir diferentes opiniões e sensibilidades em relação ao euro e à política monetária da UE.
O PSD é geralmente a favor da permanência de Portugal na Zona do Euro e do uso continuo do euro como moeda única do país.
A Iniciativa Liberal defende uma posição pró-europeia e é a favor da permanência de Portugal na Zona do Euro.
O CDS-PP é tradicionalmente pró-europeu e em relação ao euro o partido tem sido favorável à moeda única europeia desde a sua introdução em Portugal, no entanto o partido também pode ter posições criticas em relação à forma como a Zona do Euro é gerida e às políticas económicas da União Europeia, eles podem defender reformas na governança económica da UE e na política monetária do euro para garantir uma maior estabilidade e crescimento económico sustentável para todos os países membros.
O Chega é um partido de extrema-direita que tem uma posição crítica em relação ao euro e à participação de Portugal na Zona do Euro, o partido tem expressado descontentamento com a moeda única europeia e defende a saída de Portugal da Zona do Euro, propondo o regresso à moeda nacional, o escudo português.
Fonte: RD
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