2012
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

POVO SÍRIO SOFRE O ATAQUE DOS TERRORISTAS DA AL-QAEDA, AGORA APOIADA, FINANCIADA E ARMADA COM MÍSSEIS PELOS EUA E NATO

POVO SÍRIO SOFRE O ATAQUE DOS TERRORISTAS DA AL-QAEDA, AGORA APOIADA, FINANCIADA E ARMADA COM MÍSSEIS PELOS EUA E NATO


 


EUA, UE reconhecem grupos terroristas da Al-Qaeda que são utilizados pelos EUA para concretizar objectivos militares, estes grupos radicais de índole islâmica foram reconhecidos pelas potencias (EUA, França e UK) como legítimos representantes do povo Sírio, ou seja na Síria quem agora legitima os governos são os EUA mesmo que esses governos sejam compostos por lideres de grupos terroristas de fanáticos e guerrilheiros islâmicos que nem gostam nem querem democracia. Quanto ao povo sírio nada podem fazer a não ser ver o seu país a ser destruído. Os EUA armaram aqueles grupos terroristas com mísseis. Ver as entrevista com a activista anti-NATO "Sirian Girl" ao INFOWARS.



 



E este é o homem que está por detrás dos grupos terroristas da Al-Qaeda, chama-se Moaz al-Khatib e é apoiado por países europeus e árabes ( Qatar ou Arábia Saudita).


domingo, 14 de outubro de 2012

PAUL KRUGMAN CRITICA LIBERALISMO DA ESCOLA AUSTRÍACA

PAUL KRUGMAN CRITICA LIBERALISMO DA ESCOLA AUSTRÍACA


Não me parece que a escola austríaca tenha argumentos fora dos partidos conservadores, aliás o papel moeda pode bem ser o padrão da produtividade resultante do trabalho e não do ouro como a escola austríaca defende.

Vejamos o que diz Paul Krugman na sua critica à Escola Austríaca [Liberal].

Ron] Paul tem se mostrado altamente consistente. Eu aposto que ninguém encontrará vídeos de alguns anos atrás nos quais ele tenha dito o oposto do que está dizendo no momento.

Infelizmente, a forma que ele escolheu para manter a sua consistência foi ignorar a realidade, agarrando-se à sua ideologia, ainda que os fatos demonstrem que tal ideologia é equivocada. E, ainda mais infeliz é o fato de a ideologia de Paul actualmente dominar um Partido Republicano que costumava ser mais sábio.

[...]

Ron Paul se apresenta como um adepto da economia "austríaca" — uma doutrina que rejeita John Maynard Keynes mas que repele com veemência quase igual as ideias de Milton Friedman. Isso porque os seguidores da escola austríaca acreditam que o "papel-moeda fiduciário de curso forçado", o dinheiro que é simplesmente impresso sem ser lastreado por ouro, é a raiz de todos os males. Isso significa que eles se opõem veementemente àquele tipo de expansão monetária que Friedman afirmou que poderia ter prevenido a "Grande Depressão" — e que foi na verdade implementada desta vez por Ben Bernanke.

Bem, uma breve digressão: na verdade o Federal Reserve não imprime dinheiro (quem faz isso é o Tesouro). Mas o Fed controla a "base monetária", a soma das reservas bancárias e da moeda em circulação. Assim, quando as pessoas falam que Bernanke está imprimindo dinheiro, o que elas querem dizer de fato é que o Fed expandiu a base monetária.

E houve, realmente, uma enorme expansão da base monetária. Após a queda do Lehman Brothers, o Fed passou a emprestar somas enormes aos bancos e também a adquirir uma ampla gama de outros activos, em uma tentativa (bem sucedida) de estabilizar os mercados financeiros. E, durante o processo, ele acrescentou vastas quantias às reservas bancárias. No outono norte-americano de 2010, o Fed deu início a uma nova série de aquisições, em uma tentativa menos exitosa de estimular o crescimento económico. O efeito combinado dessas acções foi que a base monetária mais do que triplicou de volume.

Os "austríacos", e na verdade muitos economistas de direita, tinham certeza do que aconteceria como resultado dessas medidas: haveria uma inflação devastadora. Peter Schiff, um analista famoso, que pertence à escola austríaca e que já foi assessor da campanha de Ron Paul em 2008, chegou a advertir (no programa de televisão de Glenn Beck) para a possibilidade de uma hiperinflação de estilo zimbabuano no futuro próximo.

Assim, aqui estamos nós, três anos depois. E como andam as coisas? A inflação flutuou mas, no fim das contas, os preços para o consumidor subiram apenas 4,5%, o que significa uma taxa de inflação média anual de apenas 1,5%. Quem poderia ter previsto que a emissão de tanto dinheiro provocaria tão pouca inflação? Bem, eu poderia. E de fato previ. E também outros economistas que entendem os ataques de Paul à economia keynesiana. Mas os apoiadores de Paul continuam a alegar que, de alguma forma, ele ainda tem razão quanto a tudo.

Mesmo assim, embora os proponentes originais da doutrina sequer admitam que estavam errados — segundo a minha experiência, nenhum integrante do mundo político jamais admite ter cometido um erro em relação a algo —, você poderia achar que o fato de eles terem errado tanto em relação a algo tão fundamental para o seu sistema de crenças teria feito com que os "austríacos" perdessem popularidade, mesmo dentro do Partido Republicano. Afinal, ainda nos anos Bush, muitos republicanos defendiam ferrenhamente a impressão de dinheiro quando a economia sofresse desaquecimento. "Uma política monetária agressiva pode reduzir a gravidade de uma recessão", declarou o Relatório Económico do Presidente de 2004.

Paul Krugman

domingo, 7 de outubro de 2012

NA TERRA DO NUNCA

Na terra do nunca
sábado, 06-10-2012
Público

Domingos Ferreira

A revista Forbes publicou recentemente a lista dos 400 homens mais ricos do mundo. Em primeiro lugar está Bill Gates, logo seguido de Warren Buffet. E, como já era de esperar, também lá estavam: Michael Bloomberg, George Soros, The Kock Brothers, etc. Até aqui, nada de novo. A única novidade é o facto de estas 400 fortunas terem crescido cerca de 6% face ao ano anterior, enquanto o rendimento médio da classe média nos EUA caiu aproximadamente naquele valor. Confirma-se, assim, a tendência dos últimos 30 anos de transferência de riqueza dos mais vulneráveis para 1% da população mais rica.

Vem isto a propósito das afirmações do adviser do Governo quando afirma que "os empresários portugueses são ignorantes", pois estes não perceberam o alcance dos benefícios da TSU. Muito embora quer o adviser do Governo, quer o próprio primeiro-ministro conhecessem um excelente estudo realizado por vários investigadores da EEG da Universidade do Minho, onde se demonstravam os efeitos profundamente recessivos desta medida, optaram lamentavelmente por ignorá-lo. António Borges mostra uma profunda ignorância acerca da evolução da ciência económica quando defende a implementação destas medidas de austeridade. De facto, não só Ben Bernanke e Christy Romer, prestigiados economistas, como também o MIT, a Universidade de Harvard e de Princeton, a FED e o próprio FMI constituem-se hoje como os "novos keynesianos". Curiosamente duas das maiores autoridades mundiais em política monetária da Universidade de Chicago, designadamente Milton Freedman (em A Theorical Framework for Monetary Analysis), bem como Anna Jacobson Schwartz (em A Monetary History of the United States) acabaram por partilhar posições comuns com Keynes no que se refere às recessões. A tudo isto soma-se uma vaga de estudos produzidos por uma imensa plêiade de jovens excelentes economistas sobre política orçamental que no geral confirmam que o estímulo orçamental é eficaz e determinante na retoma económica. Por conseguinte, a solução para a resolução da crise deverá ser efectuada através do foco no crescimento e no emprego e não no défice como defende António Borges. Talvez valesse a pena a este fundamentalista do mercado estudar o manual Economics, de Paul Samuelson. Escandalosamente, este Governo e o seu adviser pretendem também a privatização da lucrativa CGD, apesar desta nada ter a ver com a crise do país. Os tubarões, cheirando-lhes a sangue na água, posicionam-se já para retalhar a presa. Tudo com a cumplicidade de gente "muita séria" que expressa opiniões que são consideradas muito respeitáveis (todavia, ao serviço dos mais poderosos e influentes), subtraindo aos portugueses, através de duvidosos processos de privatização, um lucrativo espólio. Claro! Tudo em nome da competitividade e do reajustamento.

Como é possível que os portugueses permitam isto? Mas vale a pena colocar a questão: por que razão este economista defende estas posições? Pela simples razão que os economistas da esfera dos partidos conservadores não querem ver os Governos envolvidos na economia. De acordo com esta perspectiva, as recessões resolvem-se naturalmente pelas leis do mercado. O que é absurdo, como mostrou a crise financeira de 2008. Porém, o que eles não querem dizer é que o sucesso da intervenção do Estado na resolução da crise (à semelhança de 1930), para além de provar que estes sempre estiveram errados, representa também uma ameaça aos seus interesses. Por conseguinte, combatem ferozmente as intervenções do Estado nem que isso represente lançar milhões de pessoas no desemprego com o falso argumento de que as medidas de austeridade irão estabelecer a confiança nos mercados.

Todavia, não só a confiança dos mercados não foi restabelecida como também a economia se encontra em depressão acelerada. A cegueira ideológica é tal que os líderes da UE insistem no caminho para a "terra do nunca" com mais um pacote de brutais medidas que resultará inevitavelmente em novos impostos no próximo ano. Assim, dado que programa de reajustamento falhou, o Governo devia apresentar de imediato a sua demissão, bem como os líderes da UE e os alemães deviam deixar Mario Draghi e o BCE fazer aquilo que deve ser feito. O mais grave é que, em resultado do desespero da populações, os populistas e demagogos não perdem tempo e ameaçam já tornar independente a Catalunha, a região mais rica de Espanha, e a Baviera, a zona mais rica da Alemanha, o que abrirá uma caixa de Pandora que implodirá a UE, colocando sérios riscos quer à paz na Europa, quer à paz mundial.

«o texto constante desta página foi gerado automaticamente por OCR (Optical Character Recogniser), pelo que é passível de conter gralhas ou erros ortográficos resultantes dessa conversão.»

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

O FANATISMO ULTRA-LIBERAL NA ESSÊNCIA DO PROBLEMA DA CRISE EUROPEIA

O FANATISMO ULTRA-LIBERAL NA ESSÊNCIA DO PROBLEMA DA CRISE EUROPEIA
 

Análise:

Por Paulo Ramires.
Licenciado em Gestão pela Universidade do Algarve.
Investigador em Politica Internacional.

Dado o elevado índice de desemprego que se vem registando na Europa e em particular nos países do sul, vários sectores ultra-liberais, banqueiros e o próprio BCE têm vindo a surgir como solução - não se sabe muito bem para quê - a redução dos salários nos países do sul, mas é de facto incompreensível como dirigentes com grandes responsabilidades podem dizer tal barbaridade só explicável por uma prática cega de crença ideológica, ou seja para o BCE o problema do elevado índice de desemprego é a retribuição do trabalho. Errado.  Não é de facto honesto pois o elevado e exponencial índice de desemprego que contribuiu praticamente para o fim do modelo social que funcionava bem, ou com a baixa competitividade e produtividade europeia, tem origem em políticas recessivas que impuseram e impõem a austeridade de índole ultra-liberal que arruína e estão a arruinar a Europa e por consequência o resto do mundo, isto é de facto evidente e está à vista de todos. O impacto destas políticas é tal que colocam em causa o próprio Euro e a soberania dos estados, em particular os do sul. O problema da Europa não é a Grécia mas sim a Alemanha e certos países do norte da Europa que não têm qualquer consciência solidária ou social, o que provoca certos atritos entre países, e pode-se afirmar já dividem a Europa entre norte e sul. Existe de facto um fanatismo ideológico ultra-liberal no norte da Europa e nas instituições da União Europeia que é imposto à Europa como o modelo de desenvolvimento ideal, mas nunca resultou nem nunca resultará e vai havendo muitos a dizerem que estas receitas não funcionam, mas antes agrava a já adiantada crise. A dramatização exclusiva com o défice não é também muito compreensível, pois EUA, RU, Japão têm défices ainda mais elevados que os países europeus e não estão a adoptar estas políticas de austeridade completamente radicais só por causa do défice. E mesmo com essas políticas estão a falhar em toda a linha esses objectivos e a fundamentalista Troika composta pelo FMI, BCE e comissão ainda dizem para flexibilizar mais o mercado de trabalho e as leis laborais e para se aumentar o tempo de trabalho sem a devida compensação remuneratória. Não existe qualquer intenção de corrigir os erros, mas sim de seguir em frente cegamente e de forma irracional.

domingo, 8 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DO BANCO CENTRAL EUROPEU PARA RESOLVER A CRISE DA DIVIDA

A IMPORTÂNCIA DO BANCO CENTRAL EUROPEU PARA RESOLVER A CRISE DA DIVIDA

 

Sábado, 7 de Julho de 2012

Por Paulo Ramires
A questão da divida pública e os fundos europeus do Euro.

O BCE deveria financiar os estados de forma directa a taxas vantajosas, no entanto, o BCE não o pode fazer, está impedido de finaciar os estados pelos tratados (tratado de Lisboa, art. 123º) assim enquanto esta formula que regula o BCE não for alterada e tudo indica que não será, o que se deveria fazer para contornar este problema seria atribuir uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) de forma a que este possa receber dinheiro do BCE e emprestar depois aos estados, assim contornar-se-ia esta dificuldade inscrita nos tratados, como a princípio foi estabelecido, pelos estados membros do euro,  mas com grande resistencia da Holanda e Finlandia que continuam a dizer não, provocando o caos na Italia e Espanha que pedem para beneficiar deste fundo. Se as coisas correrem bem o MEE deverá entrar em vigor com uma capacidade inícial de 500 mil milhões de euros, este fundo estava previsto para entrar em vigor logo a 1 de Julho para combater a crise da zona euro, mas quanto a mim isto não é suficiente, pois só a divida italiana é de cerca de 2 bilhões de euros e o actual fundo de resgate é de 400 mil milhões de euros.
Mas o que irá fazer este fundo de resgate agora com 500 mil milhões de euros ? Irá recapitalizar a divida dos estados ou dos bancos ? Falou-se e fala-se cada vez mais na mutualização das dividas e da mutualização dos custos dos bancos, o próprio PS defende esta ideia, mas agora eu pergunto, se será muito justo estar a pagar os custos dos bancos espanhois, italianos, possivelmente de outros estados, mesmo que isso possa ter efeitos positivos nos mercados ? Uma possível solução seria a partilha desses custos em função de uma precentagem do PIB, a partir dai já seria partilhado pelos parceiros europeu. Mas mesmo assi exitem paises que não querem.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

MIGUEL SOUSA TAVARES: ESTAMOS A CAMINHO DO TERCEIRO MUNDO

MIGUEL SOUSA TAVARES: ESTAMOS A CAMINHO DO TERCEIRO MUNDO

10,9% DA POPULAÇÃO ACTIVA RECEBE O SALÁRIO MINÍMO OU SEJA 485€ MAS MAS COMO FICA SUJEITO A DESCONTOS PARA A SEGURANÇA SOCIAL O TRABALHADOR FICA APENAS COM 431,65€

Segundo números publicados os trabalhadores em Portugal que recebem o salário mínimo nacional, que duplicou em quatro anos, e que existe actualmente em Portugal mais de meio milhão - 605 mil pessoas - que ganha a retribuição mínima legal, número que que vem crescendo de forma imparável, a par da crise que se abate sobre o país muito por culpa da autoridade permitida pelo governo de maioria de direita. Segundo as estatísticas mais recentes da Segurança Social, no final de abril do ano passado, um em cada onze trabalhadores recebia 485 euros por mês: 10,9% da população activa. Como este valor é isento de IRS mas sujeito a um desconto de 11% para a Segurança Social, logo o recebimento do ordenado líquido é de 431,65 euros.

Estes números revelam muita preocupação pois mesmo os países subdesenvolvidos têm salários mais elevados que estes, assim a economia não poderá crescer, e só poderá entrar em recessão continua, isto tudo com a bênção deste governo PSD/CDS e da Troika. Pergunto eu onde quererá chegar o governo com esta governação ruinosa ? É que ao contrário da população, os boys do governo, esses estão a receber salários ao nível dos melhores de Europa.

Paulo Ramires.

terça-feira, 3 de julho de 2012

A NECESSIDADE DE UMA UNIÃO BANCÁRIA PARA COMBATER A CRISE DO EURO E OS MERCADOS

A NECESSIDADE DE UMA UNIÃO BANCÁRIA PARA COMBATER A CRISE DO EURO E OS MERCADOS
 
Terça-feira, 3 de Julho de 2012
Por Paulo Ramires

          O um dos principais problemas da zona euro é a desconfiança que existe nos bancos do sul. Ao contrário do que existe nos EUA, na Europa não existe um sistema de garantias de depósitos que possam dar uma certa segurança aos titulares dos depósitos, desta forma, o mercado prefere jogar pelo seguro optando pelos bancos mais seguros e o mercado considera que os bancos alemães são mais seguros que os do sul, desta forma os bancos do sul ficam com pouco dinheiro porque os mercados transferem esse dinheiro para os bancos alemães e logo os bancos do sul não podem emprestar dinheiro porque não o têm, mais, também não emprestam entre si porque não existe confiança entre eles, ou seja, o mercado interbancário não funciona, o próprio presidente do Bundesbank, Jens Weideman admite este cenário ao dizer que não adiantaria nada mais uma injecção de liquidez por parte do BCE, justamente porque o dinheiro cedido aos bancos do sul acabariam por ir parar aos bancos alemães. É por isso que que era urgente e necessária a criação de uma União Bancária assente em 3 vectores:

1. Um fundo europeu de garantias de depósitos que acalmem e tranquilizem os mercados.

2. Um sistema europeu integrado de supervisão do sector bancário a cargo do BCE.

3. Um mecanismo de gestão de crises de forma a proteger os contribuintes de eventuais problemas.

O BCE deveria ser dotado de poderes não só para fiscalizar os bancos mas também para fechar inclusivamente os bancos sem risco sistémico.

Esta União Bancária foi acordada no último Conselho Europeu, mas se estas medidas não passarem à prática urgentemente, o dinheiro continuará a fugir dos bancos do sul, e não havendo crédito para a economia, não haverá investimentos, e sem haver investimentos não haverá crescimento, e como não há crescimento, as empresas tenderão a fechar provocando altos índices de desemprego e perturbações sociais nos países do sul.

A RECAPITALIZAÇÃO DIRECTA DOS BANCOS PELOS FUNDOS EUROPEUS

A RECAPITALIZAÇÃO DIRECTA DOS BANCOS PELOS FUNDOS EUROPEUS

Terça-feira, 3 de Julho de 2012

Por Paulo Ramires
 
Esta foi uma decisão tomada no Concelho Europeu da passada Sexta-feira, por força da Espanha pressionada com o agravar dos problemas no sector financeiro. Mariano Rajoy defendeu que os empréstimos da zona euro aos seus bancos não tenham efeitos na dívida pública dos estados. Mas esta questão é polémica, uma vez que se trata de financiar a banca. A questão que se coloca é quem irá ser responsável pelos reembolsos dos empréstimos recebidos, o estado ou os bancos ? Quanto a mim seria lógico que fossem os bancos, uma vez que são estes os beneficiários. Também a Irlanda irá beneficiar deste instrumento, e Portugal poderá fazê-lo também, mas mesmo depois da cimeira nada ainda está garantido pois é bem sabido que a Finlândia e a Holanda continuam a resistir a esta ideia dos países do sul: "A Finlândia vai, naturalmente, avaliar futuras aquisições caso a caso, mas é provável que bloqueie quaisquer planos do MEE (Mecanismo Europeu de Estabilidade) para adquirir obrigações no mercado secundário", disse Pasi Rajala, porta-voz do Governo de Helsínquia, Rajala argumentou que "participar em operações nos mercados secundários não faz sentido nenhum".

CRÓNICA DE MIGUEL SOUSA TAVARES SOBRE O PROJECTO-LEI DO BLOCO DE ESQUERDA

CRÓNICA DE MIGUEL SOUSA TAVARES SOBRE O PROJECTO-LEI DO BLOCO DE ESQUERDA

Segunda-feira, 2 de Julho de 2012

Miguel Sousa Tavares diz que será esmagado pelos blogs e afins, neste não o será, bem pelo contrário, respeitamos muito a sua opinião e concordamos inteiramente com o que diz e neste blog terá inclusivamente o apoio suficiente ao seu artigo. Paulo Ramires.

Por Miguel Sousa Tavares

          Prossigamos na destruição do património público do país. Já vendemos o idioma e o cimento aos brasileiros, a electricidade aos chineses, os combustíveis, parte da banca, do Douro e da comunicação social aos angolanos, vamos vender a TAP aos colombianos ou espanhóis, o espaço aéreo a quem se verá, as minas aos canadianos, a construção naval a quem quiser, e até a água (a agua, meus senhores!) está na agenda. Mas até o pouco que resta, como património histórico, cultural, social e económico, está ameaçado — agora, não por excesso de liberalismo, mas por excesso de estupidez. Na semana que agora entra, o Bloco de Esquerda propõe-se fazer votar na Assembleia da República uma lei que, redigida de forma sibilina e cobarde, visa abrir caminho para a posterior proibição de touradas, circos com animais, caça e pesca desportiva. Para já, o projecto de lei diz pretender apenas "condicionar" o "apoio institucional ou a cedência de recursos públicos" à "não existência de actos que inflijam sofrimento físico ou psíquico, lesionem ou provoquem a morte do animal". Parece pouco, mas é imenso: "condiciona" (ou seja, proíbe) desde logo a cobertura televisiva da RTP às corridas de touros, as reportagens sobre caça ou pesca desportiva; proíbe a cedência de terrenos camarários para a instalação de circos com animais ou criação de zonas de caça ou de pesca municipais (a Câmara Municipal de Mora, por exemplo, já não poderá voltar a organizar o Campeonato do Mundo de Pesca Desportiva, onde os peixes da Ribeira do Raia, coitadinhos, às vezes moncos; a de Benavente não poderá ceder terrenos para as corridas de lebres com galgos, onde, embora não morrendo, o "sofrimento psíquico" das lebres é, infelizmente, bem presumível; a de Mértola, cuja principal fonte de receita turística é a caça, vai ter de cessar todos os seus apoios à actividade que ainda mantém o concelho vivo uns quatro meses por ano); e etc., não há limites para a imaginação persecutória dos "amigos dos animais". Mas isto, como é evidente, é apenas um primeiro passo, ciclicamente ensaiado, e cujo fim é chegar à proibição, pura e simples, de tudo o que não entendem nem querem entender e que acham que lhes fica bem defender. Vou, portanto, repetir também a minha cíclica resposta: este lado padreco, Bairro Alto e urbano-esquerdista do Bloco de Esquerda é intragável. A fatal companhia dessa anémona política chamada "Os Verdes" (sempre a oeste das ordens do PCP e a leste de tudo o que interessa na política de Ambiente), é enjoativa. E a inevitável participação do grupelho 'fracturante' do PS, estremecendo de emoção de cada vez que se fala de mulheres, gays ou animais, sendo estágio obrigatório de ascensão política lá na agremiação, é desprezível. Todos irão fatalmente votar a favor de um projecto de lei que é verdadeiramente fascista na sua essência, culturalmente ignorante e ditatorial, centralizador e arrogante. Já sei: vou ser uma vez mais esmagado nos vossos blogues e Facebooks (Twitters, perdão), onde, à falta de melhores causas ou de coragem para outras, a vossa grande liberdade é perseguir a liberdade alheia. Mas, sabem que mais? Estou-me nas tintas para a vossa opinião. Tenho pena, apenas. Tenho pena de quem não entende a beleza de uma tourada ou o "silêncio poético e misterioso, um silêncio que estremece" do toureio de José Tomas ("El País"), de quem nunca cheirou a esteva e o orvalho de uma manhã de caça, de quem nunca perdeu horas sentado na margens de rio à espera que o peixe morda o anzol, de quem vai ao circo e não quer ver os leões do Paquito Cardinslli. Tenho pena, mas não posso fazer nada, que não isto: lutar para que não passem.

Miguel Sousa Tavares escreve de acordo com a antiga ortografia

quinta-feira, 28 de junho de 2012

BANKSTER

BANKSTER
 


O favorecimento ao sector financeiro só é possível porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal

 Por: Paulo Morais, professor universitário

Os bancos portugueses estão sem dinheiro e perderam a credibilidade. Limitam-se agora a sugar os recursos duma economia que deviam apoiar mas apenas parasitam.

Estão hoje, na generalidade, descapitalizados. A abarrotar com créditos incobráveis, os bancos escondem ainda uma bolha imobiliária gigantesca, resultante de empréstimos mal concedidos e até arbitrários. 

Depois de anos de má gestão e escândalos, os bancos estão agora de mão estendida. Mais uma vez, o estado português virá em seu auxílio, desviando recursos da economia real. Dos 78 mil milhões recebidos da troika, cerca de quinze por cento destinam-se a apoiar a banca. E adivinha-se que nem sequer será pela via de empréstimos, pois os bancos não quererão devolver o dinheiro. Será em alguns casos sob a forma de aumento de capital, mas sem que o estado sequer intervenha na gestão. O estado paga, mas não manda.

Estas situações de favorecimento ao sector financeiro só são possíveis porque os banqueiros dominam a vida política em Portugal. É da banca privada que saem muitos dos destacados políticos, ministros e deputados. E é também nos bancos que se asilam muitos ex--políticos.

Alguns, mais promíscuos, mantêm ligações ao sector financeiro em simultâneo com o desempenho de funções públicas. Há situações que assumem mesmo foro de indecência, como a de Vera Jardim, que acumulava a presidência da comissão parlamentar de combate à corrupção com a superintendência do Banco Bilbao Viscaya; ou a do deputado Frasquilho, que integra o grupo encarregado de fiscalizar o plano de assistência financeira e trabalha no BES, potencial beneficiário desse mesmo programa. Até na supervisão, o insuspeito Banco de Portugal acolhe nos seus órgãos sociais celebridades ligadas à banca privada, como António de Sousa ou Almerindo Marques. Incumbidos de se pronunciarem sobre a actividade do banco central, controlam a entidade que supervisiona o sector onde trabalham.

Com estas artimanhas, os banqueiros dominam a vida política, garantem cumplicidade de governos, neutralizam a regulação. Têm o caminho livre para sugar os parcos recursos que restam. Já não são banqueiros, parecem gangsters, ou seja, banksters. 

In Correio da Manhã 
19 de Junho de 2012

domingo, 24 de junho de 2012

CONCEITO DE DEMOCRACIA PLENA




CONCEITO DE DEMOCRACIA PLENA






CONCEITO DE DEMOCRACIA PLENA







 CONCEITO DE DEMOCRACIA PLENA


 


Por Paulo Ramires


Democracia como sistema político não existe em lado algum, nem nunca existiu em lugar algum á excepção da antiga Antenas. O actual sistema que nos regula, e, que é nos imposto, não é o Democrático, mas sim o que poderemos designar de sistema de Representação Democrática. Não é a mesma coisa que Democracia. Vejamos porquê.

No ultimo sistema referido - Sistema de Representação Democrática - as pessoas apenas escolhem os políticos ou partidos políticos para que em seu nome tomem decisões, mas isto não é de forma alguma Democracia, pois uma determinada decisão tomada por um político eleito, é frequentemente contrária á opinião daqueles que o elegeram. E isto é aceitável para os interesses dos cidadãos ? Em meu entender não o é, simplesmente porque os cidadãos têm de estar envolvidos na coisa pública, e nas respectivas decisões que o seu país tem de tomar. Isto existe ? Não, não existe. É necessário que se comece a defender a democracia na sua plenitude. A democracia tem origem na sociedade ateniense onde os cidadãos de Atenas votavam um determinado assunto, era a chamada democracia directa, nesta altura os cidadãos estavam envolvidos nos assuntos públicos ao contrário de agora que quem decide são os políticos eleitos afastando os cidadãos da tomada de decisões, importa aqui levar os cidadãos a envolverem-se na tomada de decisões e a ser criado um sistema moderno recorrendo a salas informatizadas onde o cidadão poderia colocar um determinado assunto durante um determinado tempo numa rede informática para aprovação de todos, após esse tempo e depois de votado esse assunto seria levado ao parlamento para uma segunda aprovação.

O Nosso sistema politico apenas tem uma estrutura - A estrutura representativa.

Numa verdadeiro sistema Democrático, teria de haver pelo menos 3 estruturas:

1) A Estrutura Representativa

Esta seria composta pelos elementos eleitos a todos os níveis, e cameras legislativas assim como o chefe de governo e de Estado. Seriam os representantes do povo escolhidos por ele.

2) A Estrutura Participativa

Esta seria composta pelo comum dos cidadãos, sem qualquer tipo de exclusão. Ou seja sempre que um individuo ou grupo de indivíduos achasse necessário actuar no sentido de influenciar uma decisão que lhe diga respeito, a si ou á sociedade. Obviamente que teria de haver uma mecânica diferente do sistema representativo. Os cidadãos participariam no processo legislativo através de um sistema descentralizado em que votariam uma determinada legislação através de voto electrónico. Esta iniciativa legislativa seria posteriormente enviada para a câmara representativa ou assembleia.

3) A Estrutura Sectorial

Aqui haveria uma câmara composta por agentes e organizações da sociedade ou com fins sociais em que votariam uma determinada lei por sua livre iniciativa a ser enviada para a câmara representativa ou assembleia. Esta estrutura justifica-se pela importância da sensibilidade e vocação que os agentes sociais têm na definição de politicas sociais e interesses sociais.



Publicado em 05/11/2010

Paulo Ramires

















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