A NECESSIDADE DE UMA UNIÃO BANCÁRIA PARA COMBATER A CRISE DO EURO E OS MERCADOS
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terça-feira, 3 de julho de 2012

A NECESSIDADE DE UMA UNIÃO BANCÁRIA PARA COMBATER A CRISE DO EURO E OS MERCADOS

A NECESSIDADE DE UMA UNIÃO BANCÁRIA PARA COMBATER A CRISE DO EURO E OS MERCADOS
 
Terça-feira, 3 de Julho de 2012
Por Paulo Ramires

          O um dos principais problemas da zona euro é a desconfiança que existe nos bancos do sul. Ao contrário do que existe nos EUA, na Europa não existe um sistema de garantias de depósitos que possam dar uma certa segurança aos titulares dos depósitos, desta forma, o mercado prefere jogar pelo seguro optando pelos bancos mais seguros e o mercado considera que os bancos alemães são mais seguros que os do sul, desta forma os bancos do sul ficam com pouco dinheiro porque os mercados transferem esse dinheiro para os bancos alemães e logo os bancos do sul não podem emprestar dinheiro porque não o têm, mais, também não emprestam entre si porque não existe confiança entre eles, ou seja, o mercado interbancário não funciona, o próprio presidente do Bundesbank, Jens Weideman admite este cenário ao dizer que não adiantaria nada mais uma injecção de liquidez por parte do BCE, justamente porque o dinheiro cedido aos bancos do sul acabariam por ir parar aos bancos alemães. É por isso que que era urgente e necessária a criação de uma União Bancária assente em 3 vectores:

1. Um fundo europeu de garantias de depósitos que acalmem e tranquilizem os mercados.

2. Um sistema europeu integrado de supervisão do sector bancário a cargo do BCE.

3. Um mecanismo de gestão de crises de forma a proteger os contribuintes de eventuais problemas.

O BCE deveria ser dotado de poderes não só para fiscalizar os bancos mas também para fechar inclusivamente os bancos sem risco sistémico.

Esta União Bancária foi acordada no último Conselho Europeu, mas se estas medidas não passarem à prática urgentemente, o dinheiro continuará a fugir dos bancos do sul, e não havendo crédito para a economia, não haverá investimentos, e sem haver investimentos não haverá crescimento, e como não há crescimento, as empresas tenderão a fechar provocando altos índices de desemprego e perturbações sociais nos países do sul.

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