COREIA DO NORTE: "E AGORA ?", EM TRÊS CENÁRIOS
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segunda-feira, 15 de abril de 2013

COREIA DO NORTE: "E AGORA ?", EM TRÊS CENÁRIOS

COREIA DO NORTE: "E AGORA ?", EM TRÊS CENÁRIOS

As ameaças de guerra por parte da Coreia do Norte não são novidade. Menos usuais são a intensidade e persistência com que Pyongyang o está a fazer desta vez. A isto soma-se um líder de 29 anos, com o poder subitamente nas mãos. Confira o que pode seguir-se, em três cenários

A Coreia do Norte continua a subir de tom nas ameaças, fazendo entender que estará iminente um ataque nuclear. Na semana passada, dava o dia 10 como o último dia em que podia garantir a segurança dos diplomatas, por exemplo. 

O responsável pela cadeira da Ásia e Japão no Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, da Universidade norte-americana de Georgetown, Michael Green, traçou à CNN três cenários possíveis:

1. O que Kim Jong Un espera :
 
Com este clima de tensão, os mercados financeiros da Coreia do Sul caem a pique. Os líderes chineses entram em pânico com a instabilidade na sua fronteira. Os EUA querem desesperadamente 'despachar' o problema da Coreia do Norte, para poderem lidar com a crise no Irão. Pyongyang  propõe negociações para um tratado de paz que ponha um fim formal à guerra da Coreia, mas exige, para isso, a suspensão das sanções internacionais de que é alvo. Washington, Seul e Tóquio concordam... mas a Coreia do Norte continua o processo de produção de armas nucleares, à base de urânio, em instalações subterrâneas e secretas.

Um ano depois, testam uma ogiva mais sofisticada. Pyongyang exige então o fim das restantes sanções internacionais, o reconhecimento como um legítimo estado nuclear e uma reunião na capital norte-coreana com o Presidente americano Barack Obama.

Para dar força à sua ameaça, a Coreia do Norte bombardeia várias ilhas do Sul e ameaça usar as suas novas armas nucleares.

A crise recomeça, mas com uma Coreia do Norte mais perigosa. 

2. O que EUA, Coreia do Sul e Japão esperam: 

A imprevisibilidade de Kim faz finalmente o seu maior aliado, a China, virar costas ao regime. 
Quando Pyongyang subir o tom das ameaças, Pequim corta o abastecimento de petróleo em 50 por cento.

A Coreia do Norte concorda em assinar uma moratória sobre testes de mísseis e armas nucleares e retoma as negociações sobre o fim do seu programa nuclear. 
Com isto, abrem-se fissuras no regime.

3. O que ninguém quer:

A estratégia de Kim Jong Un falha e as potências mundiais continuam ser reconhecer a Coreia do Norte como um legítimo possuidor de armas nucleares.

Prosseguem as ameaças para aterrorizar a Coreia do Sul e a China continua a elogiar o "bom comportamento" de Pyongyang. O líder aprova um ataque contra as montanhas desabitadas nos arredores de Seul. O Sul responde e Pyongyang ataca com artilharia mais pesada e mísseis. Os EUA aliam-se à Coreia do Sul. O conflito acaba com a derrota da Coreia do Norte e a queda do líder. Onde estamos agora? Algures entre o primeiro e o seguro cenário, acredita Michael Green.

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