Fonte: DN
Heliavionics garante agora que nada do que estava a ser feito era diferente da prática habitual
A empresa responsável pela manutenção dos helicópteros Kamov - usados no combate aos incêndios - nega ter desviado quaisquer peças daqueles aparelhos e acusa a Autoridade Nacional de Protecção Civil de fazer insinuações "infames".
A Proteção Civil confirmou na quarta-feira à noite o encerramento do hangar em Ponte de Sor onde está "a frota de helicópteros Kamov, propriedade do Estado português", em virtude de se ter constatado "a movimentação de material da mencionada frota, por parte da Heliavionics (subcontratada da Everjets, S.A.), sem ter sido efetuada a identificação do referido material, nem ter sido solicitada a necessária autorização".
Mas a Heliavionics garante agora que nada do que estava a ser feito era diferente da prática habitual, "limitando-se a transportar peças que se encontram a ser objeto de ações de manutenção para o seu laboratório aeronáutico, a menos de 300 metros do hangar da ANPC", em comunicado citado no JN.
A empresa lembra ainda que é a única sociedade em Portugal certificada para efetuar ações de manutenção em aeronaves Kamov e acusa a Proteção Civil de causar graves prejuízos com o que dizem ser insinuações "infames".
Ontem, a Everjets anunciou que a Proteção Civil tinha selado as instalações e expulsado as equipas que procediam à manutenção de três helicópteros Kamov, avisando que prontidão destas aeronaves para campanha de combate aos fogos (a partir de 15 de meio) fica "seriamente comprometida".
A 13 de fevereiro deste ano, em resposta enviada à agência Lusa, o Ministério da Administração Interna disse esperar que os três helicópteros Kamov estivessem operacionais a tempo de integrar o dispositivo de combate a incêndios florestais deste ano.
Perante esta situação, e questionado sobre a possibilidade de os três Kamov não estarem operacionais a 15 de maio - altura em que tem início a época de incêndios -, Eduardo Cabrita deixou uma garantia.
"Nós teremos, este ano, o melhor quadro de defesa do país com meios aéreos que já alguma vez tivemos: porque vamos ter ao longo de todo ano, o que nunca aconteceu, uma resposta, quer em helicópteros, quer em aviões, que estarão à disposição do país todo o ano", afirmou o governante.
O ministro da Administração Interna disse hoje que foi "na defesa do interesse público e nacional" que a Protecção Civil encerrou as instalações onde os helicópteros Kamovestavam a ser reparados, em Ponte de Sor, distrito de Portalegre.
"O importante é a defesa do interesse público e do interesse nacional. A autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) salvaguarda o interesse nacional naquilo que é a defesa da operacionalidade e de uma relação contratual com entidades privadas (...). Na salvaguarda do cumprimento de uma relação contratual. Não vou falar aqui daquilo que é uma relação com uma entidade privada. Cabe à Autoridade Nacional de Protecção Civil defender o interesse público", explicou Eduardo Cabrita aos jornalistas, em Lisboa.
Fonte: DN
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