A União Europeia tem agora um programa chamado "Cooperação Estruturada Permanente" (PESCO). Embora tenha sido incluído no Tratado de Lisboa, a PESCO não entrou em vigor até 2017. O seu objectivo é criar capacidades comuns, mesmo que não exista um exército europeu. A PESCO não funciona por consenso, mas de acordo com um sistema complexo de maioria qualificada que concede um poder de veto ao conjunto franco-alemão.
É neste quadro que os países membros da União Europeia - com excepção da Dinamarca, Malta e Reino Unido - decidiram, em 19 de Novembro de 2018, criar uma escola de espionagem baseada em Chipre e sob a direcção da Grécia. .
Esta decisão é tomada precisamente no momento em que o Reino Unido deixa a União Europeia. Antes, Londres bloqueou o projecto porque, em vez de integrar-se na UE, preferiu manter o seu corpo de inteligência na grande corporação anglo-saxónica de espionagem, chamada «The Five Eyes» (os "Cinco Olhos"), que reúne as agências. de inteligência da Austrália, Canadá, Estados Unidos, Nova Zelândia e Reino Unido.
Os diferentes países membros da União Europeia terão agora que ir além das suas culturas nacionais e partilhar os seus vários métodos de espionagem. Este processo promete ser muito complicado, especialmente porque alguns participantes estimam que uma escola de espionagem baseada em Chipre será muito vulnerável aos serviços de inteligência do Reino Unido, Turquia, Israel e Rússia.
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