DEPOIS DA UCRÂNIA, A SÉRVIA?
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sábado, 22 de junho de 2024

DEPOIS DA UCRÂNIA, A SÉRVIA?

Numerosos confrontos ocorreram entre a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina a propósito da República sérvia da Bósnia, em 2023. Uma tentativa de «revolução colorida» foi organizada na Sérvia, em Janeiro de 2024.


• Moscovo está convencida que os “straussianos vão tentar na Sérvia, e não na Transnístria (como inicialmente previsto pela Rand Corporation [1]), a próxima jogada contra a Rússia. Tratar-se-ia de provocar a 3ª Guerra Mundial repetindo o incidente de Temes Kubin que aconteceu um mês depois do assassinato do Arquiduque Franz Ferdinand, em Sarajevo. A falsa notícia de um ataque sérvio contra as tropas austro-húngaras fez o Imperador Francisco José I perder o sangue-frio. Ele declarou guerra sem ter verificado a responsabilidade sérvia na morte do seu sobrinho e herdeiro. De forma idêntica, um incidente pelo qual os Sérvios seriam responsabilizados poderá levar a União Europeia a apoiar uma guerra contra a Sérvia após a guerra na Ucrânia.

• Numerosos confrontos ocorreram entre a Sérvia e a Bósnia-Herzegovina a propósito da República sérvia da Bósnia, em 2023. Uma tentativa de «revolução colorida» foi organizada na Sérvia, em Janeiro de 2024.

• O Conselho de Segurança, contradizendo a Rússia, não observou qualquer agravamento do actual conflito opondo a República sérvia da Bósnia aos outros componentes da Bósnia-Herzegovina que negoceiam a sua adesão à União Europeia. Por fim, a Assembleia Geral adoptou, em 23 de Maio de 2024, uma Resolução, apresentada pela Alemanha e pelo Ruanda, estabelecendo um « Dia Internacional de Reflexão e Comemoração do Genocídio Cometido em Srebrenica em 1995 ».
Segundo a Rússia, esta não se destina a homenagear as vítimas, mas sim em avalizar a versão segundo a qual isso seria imputável aos Sérvios.

• Moscovo, Belgrado e Sarajevo preparam-se, portanto, para o pior. Milorad Dodik, Presidente da República sérvia da Bósnia (à esquerda na foto), foi convidado, em 6 de Junho, para o Kremlin, pelo Presidente russo, Vladimir Putin [2] . Este último garantiu-lhe que Moscovo continuaria a apoiar o seu país em conformidade com os acordos de Dayton.

• De regresso aos Balcãs, o Presidente Milorad Dodik participou, em 8 de Junho, com o seu homólogo sérvio, Aleksandar Vučić (à direita na foto), na primeira reunião da Assembleia Pan-Sérvia em torno do slogan (eslogan-br) «Um povo, uma união». Esta assembleia adoptou uma Declaração sobre a Protecção dos Direitos Nacionais e Políticos e o Futuro Comum do Povo Sérvio [3].

• Durante uma entrevista à agência TASS no mesmo dia [4], o Presidente Milorad Dodik reiterou a sua vontade de pôr fim aos Acordos de Dayton, enquanto, pelo contrário, o Presidente Vladimir Putin baseou a sua acção nestes mesmos Acordos.

Durante a Conferência de Dayton (1995), a delegação bósnia chefiada pelo Presidente Alija Izetbegović (antigo apoiante do IIIº Reich) incluía no seu seio o Norte-Americano Richard Perle ( um “straussiano” que jogou em seguida um papel central na guerra ocidental contra o Iraque e na guerra israelita contra o Líbano ).

• Oficialmente, os Ocidentais consideram que a ideologia pan-sérvia foi a causa profunda das guerras da Jugoslávia ; o que os Sérvios desmentem. Foi para dar crédito a esta interpretação que Rudolf Scharping, Ministro alemão da Defesa, fez circular o célebre plano « Ferradura » visando expulsar os Não-Sérvios do Kosovo. Ele justificou assim a guerra do Kosovo, mas tal documento provou ser uma falsificação, fabricada pelos Serviços Secretos da OTAN-NATO.



Fonte: Rede Voltaire


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