OS POPULISMOS NA UNIÃO EUROPEIA
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segunda-feira, 15 de abril de 2019

OS POPULISMOS NA UNIÃO EUROPEIA


Paulo Ramires

O sistema político português está em crise e só terá tendência para se agravar com os partidos tradicionalistas fechados à sociedade constituindo uma elite que ocupa o estado como se de uma empresa familiar se tratasse, os seus familiares são ministros, ministras, secretários de estado e outros funcionário dos gabinetes ministeriais, mas não só, têm acesso a empregos de relevo na comunicação social e em outras empresas em que qualquer cidadão português está impedido de ocupar, simplesmente porque esses cargos são ocupados por nomeação ou simpatias políticas. Quem não pertence a uma dessas famílias fica excluído de ocupar cargos de relevo nas empresas ou no parlamento, a própria lei existente faz essa descriminação negativa impedindo os cidadãos de se candidatarem ao parlamento. Este é um facto decisivo para que se esteja perante um sistema de representação democrática, como não é este o caso em Portugal, o sistema vigente não é a Democracia, mas sim a Partidocracia que se confundo com a Democracia, mas não é Democracia. Na Democracia o povo tem obrigatoriamente de fazer parte dos processos democráticos, enquanto representantes dos órgãos de decisão do estado, isto não ocorre em Portugal. A Partidocracia é um cancro enquanto regime político, toma a Democracia e transforma-a em Partidocracia, afastando dos processos de decisão – legislativos e executivos ‒ os cidadãos. 

A ADEQUAÇÃO DOS PARTIDOS TRADICIONALISTAS ÀS NOVAS REALIDADES 

Portugal a par da Letónia e da Estónia é um dos poucos países em que os partidos populistas estão impedidos de se constituírem e assumirem como tal, aliás o termo tem vindo a assumir uma conotação negativa e os cidadãos a serem claramente enganados pelos partidos tradicionalistas. O absurdo de tal situação é que o populismo em nada tem de negativo, bem pelo contrário. Desmitifiquemos esta conotação negativa que os partidos tradicionalistas ‒ da esquerda à direita ― construíram. Segundo o Grande o Dicionário da Língua Portuguesa de José Pedro Machado, populismo é o “ideal ou doutrina acerca do povo; simpatia pelo povo” e populista é a “pessoa do povo, defensor do povo e dos seus interesses, das suas reivindicações”. O dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora também diz o mesmo: “simpatia pelo povo; corrente literária e artística interessada na descrição dos costumes populares” e populista: “pessoas que é amiga do povo”. Como pode ver esta é a estratégia desonesta dos partidos tradicionalistas e elitistas que se eternizam no poder alternando-se entre si e que de amigos do povo não o são de forma alguma. E é por esta razão que Portugal precisa de uma Democracia Plena quebrando de vez com esta Partidocracia, mas para isso são precisos movimentos e outros partidos políticos “amigos do povo” que possam levar a cabo esta missão. 

A FALSA QUESTÃO ENTRE DIREITA E ESQUERDA 

Os partidos políticos tradicionalistas aceitaram e assumiram ideais neoliberais e globalistas responsáveis pelo empobrecimento das classes sociais e o enriquecimento cada vez maior das elites políticas e financeiras. Há cada vez mais disparidades sociais, o que demonstra o continuado falhanço do neoliberalismo e da globalização a que os partido populistas se opõem procurando dar voz ao povo em vez das elites enriquecidas estabelecidas no sistema político, são bastante críticos do sistema neoliberal que voltou as costas ao povo e aos cidadãos. Desde a crise financeira de 2007/8 que se tem assistido a este falhanço com as políticas de austeridade implantadas na Europa e nos EUA e que só serviram para agravar as desigualdades e financiar através dos impostos dos cidadãos os prejuízos que os bancos demasiado grandes para caírem tiverem, justamente por causa do sistema neoliberal. 

A CONFUSÃO COM NACIONALISTAS E POPULISTAS 

Não é verdade que todos os nacionalistas sejam populistas e vice-versa, o partido de Brexit Party de Nigel Farage tem muito de nacionalista e muito pouco de populista. Também Trump e Bolsonaro nada têm a ver com populismo, apesar de frequentemente serem associados a esta corrente, talvez intencionalmente. Mas na Europa a tendência populista é para subir cada vez mais à medida que os efeitos do neoliberalismo se vão sentindo nas sociedades europeias e os cidadãos são ignorados e sacrificados. Assim são esperados grandes grupos populistas no Parlamento Europeu o que irá assustar de que maneira os partidos tradicionalistas receosos de perder o poder que detêm há muitas décadas. Na verdade, os populistas poderão contribuir com uma visão alternativa ao projecto europeu, não se devendo ir na conversa alarmista e propagandística dos partidos tradicionalistas. O Movimento Cinco Estrelas que tudo indica será um dos maiores grupos no Parlamento Europeu não acredita numa falsa divisão entre esquerda e direita, acredita sim em ideias que privilegiem o cidadão e não os bancos, afirma Di Maio, um dos líderes da coligação populista no governo em Itália que a Europa dos bancos não é uma Europa dos povos. Este grupo é particularmente interessante por uma das suas ideias impulsionadoras ser exactamente a Democracia Directa. O plano de acção deste grupo para mudar a Europa implica também a cooperação, a reforma das instituições da UE, a melhor qualidade de vida dos cidadãos ou a protecção da saúde e do ambiente. 

É por este motivo que não se deve recear mais os partidos populistas que os partidos tradicionalistas.


1 comentário :

  1. Manifesto em divulgação, ajuda a divulgar:
    1- Respeito pela Diversidade;
    2- Respeito pela Justiça Social;
    3- Respeito pelos Povos de Menor Pegada-Ecológica.
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    O EUROPEÍSTA É O NOVO ESCLAVAGISTA EUROPEU: URGE O SEPARATISMO DESSE PESSOAL
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    --» Os europeístas (tal como os construtores de caravelas esclavagistas) destilam ódio/intolerância para com os povos autóctones que procuram sobreviver pacatamente no planeta... porque... intenções Identitárias prejudicam investimentos:
    - os europeístas não respeitam NEM a diversidade, NEM a justiça social, NEM os povos de menor pegada ecológica.
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    Economia neo-esclavagista: a ajuda aos pobres deve ser efectuada por meio da degradação das condições da mão-de-obra servil... e não por meio da introdução da Taxa-Tobin.
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    Existe uma tripla de 'supporters' da economia neo-esclavagista:
    1- a alta finança;
    2- europeístas (e afins);
    3- migrantes que se consideram seres superiores no caos.
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    Mais:
    - Os «grupos rebeldes» (daesh e outros), não possuem fábricas de armamento... no entanto, máfias do armamento fornecem-lhes armas... para depois terem acesso a recursos naturais (petróleo, etc) ao desbarato, e para depois deslocarem refugiados para locais aonde existem investimentos interessados em mão-de-obra servil de baixo custo.
    Ora, em vez de chamar à responsabilidade aqueles países que estão a fornecer armas aos «grupos rebeldes», ou seja, os países aonde a máfia do armamento possui as suas fábricas... os europeístas fazem uma outra coisa: decretam sanções contra os países que não permitem a chegada de mão-de-obra servil ao desbarato (refugiados) aos investimentos interessados em tal.
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    Mais:
    - Em pleno século XXI tribos da Amazónia têm estado a ser massacradas por madeireiros, garimpeiros, fazendeiros com o intuito de lhes roubarem as terras... muitas das quais para serem vendidas posteriormente a multinacionais: os europeístas falam nestes holocaustos? Não!
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    Urge dizer à elite deste sistema o mesmo que foi dito aos construtores de caravelas esclavagistas: a não existência de mão-de-obra servil ao desbarato não vai ser o fim da economia... vão continuar a existir muitas oportunidades de negócio (exemplo: introduzindo mais tecnologia!...).
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    O MOVIMENTO-50-50:
    1- defende um planeta aonde povos autóctones possam viver e prosperar ao seu ritmo;
    2- defende uma sociedade que premeie quem se esforce mais (socialismo, não obrigado)... mas que, todavia, no entanto... seja uma sociedade que respeite os Direitos da mão-de-obra servil.
    ---» Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o seu espaço no planeta --»» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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    Nota: Os 'globalization-lovers', UE-lovers. smartphone-lovers (i.e., os indiferentes para com as questões políticas), etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
    -»»» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/
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    P.S.
    Migrantes naturalizados são contra o separatismo-50-50... com efeito, o seu problema não é a integração... com a sua demografia imparável em relação aos nativos, o seu problema é serem Donos Disto Tudo.

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