PEZESHKIAN PEDE AOS PAÍSES MUÇULMANOS QUE INTERVENHAM NA CRISE NA SÍRIA
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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

PEZESHKIAN PEDE AOS PAÍSES MUÇULMANOS QUE INTERVENHAM NA CRISE NA SÍRIA

O presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, apelou aos países muçulmanos para que tomem medidas diante da crise síria, marcada pela ascensão de grupos terroristas takfiri.


Num discurso ao parlamento do Irão no domingo (1º de Dezembro), ele destacou os acontecimentos recentes na Síria, incluindo intensos combates entre forças do governo e elementos terroristas apoiados por estrangeiros, particularmente nas regiões de noroeste de Aleppo e Idlib.

O presidente Pezeshkian expressou a sua esperança de que os países muçulmanos se unam para evitar que os Estados Unidos e Israel lucrem com esse conflito interno que está a dilacerar a Síria.

Ele enfatizou a importância de uma resposta colectiva dos países islâmicos para combater a influência maligna dessas potências externas, que, segundo ele, buscam exacerbar as tensões e desestabilizar ainda mais a região.

Além disso, o presidente iraniano denunciou o apoio militar desfrutado pelos terroristas takfiri, alegando que esses grupos operam com armas fornecidas pelos Estados Unidos e alguns países europeus.

Ele destacou a situação alarmante em Aleppo, onde o grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham, bem como outras facções terroristas, intensificaram recentemente as suas ofensivas, assumindo o controlo de vários bairros após confrontos violentos com as forças do exército sírio.

Em resposta a essa ofensiva, o exército sírio, apoiado por ataques aéreos russos, empreendeu uma série de contra-ataques para repelir os terroristas.

Desde Março de 2011, a Síria enfrenta acções terroristas alimentadas por potências estrangeiras. O governo de Damasco denunciou regularmente o apoio de estados ocidentais e os seus aliados regionais a grupos terroristas que trabalham para desestabilizar a Síria.

Israel é frequentemente visto como o principal aliado dos grupos terroristas que se opõem ao presidente democraticamente eleito da Síria, Bashar al-Assad, desde o início do conflito sírio apoiado pelo exterior.

Em outra parte do seu discurso, Massoud Pezeshkian referiu-se às atrocidades do regime sionista, apoiado pelas potências ocidentais, que marcaram o ano passado, particularmente na Faixa de Gaza e no sul do Líbano.

O presidente iraniano afirmou com veemência que Teerão não está a procurar guerra ou derramamento de sangue, ao mesmo tempo, em que denuncia aqueles que, sob o pretexto de defender a paz e os direitos humanos, estão de facto incentivando o conflito.

Pezeshkian condenou veementemente os ataques israelitas contra civis inocentes, inclusive em escolas e hospitais. Ele expressou a sua indignação lembrando que durante os conflitos em Gaza e no Líbano, o regime sionista causou a morte de mais de dez mil crianças.

Além disso, ele criticou o silêncio dos defensores dos direitos humanos, chamando-os "observadores passivos" da tragédia. Na sua opinião, era inaceitável que estes últimos pudessem afirmar-se protectores dos direitos humanos enquanto se mantinham em silêncio perante as atrocidades cometidas pelo regime israelita.

O presidente Pezeshkian descreveu a situação actual em Gaza e no Líbano como uma "catástrofe ignominiosa", enfatizando que essa tragédia está se desenrolando com o apoio dos Estados Unidos e dos países europeus.

Fonte: PressTV

Tradução e revisão: RD

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