Um ataque com drones na capital libanesa, Beirute, matou o vice-líder do Hamas, Saleh al-Arouri. Os militantes palestinianos e fontes de segurança locais atribuíram o ataque a Israel, e o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, já prometeu retaliar tais ataques.
Al-Arouri está entre as sete pessoas mortas numa explosão no subúrbio de Dahiyeh, no sul de Beirute, nesta terça-feira, informou a média local. Autoridades de segurança libanesas disseram à Reuters e a outros meios de comunicação que um drone israelita foi o responsável.
Al-Arouri foi um dos comandantes fundadores da ala militar do Hamas e, na época de sua morte, era o vice-presidente do bureau político do grupo.
Mantendo a sua política de silêncio sobre assassinatos extraterritoriais, as autoridades militares israelitas recusaram-se a comentar o ataque, que marcou a primeira vez que o Estado judeu atingiu Beirute desde a guerra de 2006 com o Líbano.
Izzat Al-Rishq, membro do bureau político do Hamas, descreveu o assassinato de al-Arouri como um "assassinato cobarde" por Israel, o que "prova mais uma vez o fracasso abjeto deste inimigo em alcançar qualquer um dos seus objetivos agressivos na Faixa de Gaza".
Embora Israel esteja a travar uma guerra contra o Hamas há quase três meses, ele se absteve de qualquer ataque em grande escala ao Líbano, em vez de se envolver em confrontos com militantes do Hezbollah ao longo da fronteira entre Israel e o Líbano. O Hezbollah, um grupo paramilitar e político xiita com sede no Líbano, descreveu-se como "em guerra" com Israel, embora Nasrallah tenha afirmado que o grupo pretende realizar uma campanha limitada com o objectivo de amarrar as forças israelitas perto da fronteira, impedindo assim o seu envio para Gaza.
No entanto, Nasrallah prometeu em Agosto que "qualquer assassinato em solo libanês contra um libanês, sírio, iraniano ou palestiniano será recebido com uma resposta decisiva" dos seus combatentes. Nasrallah estava programado para fazer um discurso televisionado na quarta-feira, mas o discurso agora foi adiado, de acordo com vários relatos dos média.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou em Novembro que instruiu os agentes de inteligência israelitas a "agir contra os chefes do Hamas onde quer que estejam". Em Dezembro, o Wall Street Journal informou que Netanyahu havia dado sinal verde a um plano para atingir autoridades do Hamas no Líbano, Turquia e Qatar.
Fonte: RT
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